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  • Writer's pictureCátia Ramalho

Beja



Beja é uma cidade situada na região do Alentejo e capital de distrito. A minha passagem pela cidade foi merecedora de pernoita, que optei pela Herdade da Diabrória para ficar e adorei a escolha, desde o pequeno-almoço, à decoração e comodidade dos quartos, à simpatia com que me receberam. Não ficava no centro da cidade mas era muito perto, aliás no caminho para a cidade tinha umas vistas lindíssimas para campos cobertos de girassóis, a minha flor favorita, e é claro que parei para andar pelo meio deles e fotografar o momento.


Chegando ao centro da cidade fui dar uma volta pelo jardim Público de Beja, também conhecido por Jardim Gago Coutinho e Sacadura Cabral, construído em 1880 e que fica mesmo no centro, escolhendo-o como protagonista na foto ilustrativa desta linda cidade. É um lugar muito agradável para passear, ler um livro ou simplesmente relaxar e observar a natureza ao nosso redor.


Bem perto do jardim tem um restaurante maravilhoso vegetariano, onde almocei e jantei e fiquei deliciada, passem por lá se tiverem curiosidade, chama-se Sabores do Campo.

Em seguida visitei o Parque da cidade de Beja, de construção bem mais recente que o anterior jardim visitado, tendo sido este construído em 2004. Aqui aproveitei as condições que este espaço oferece, para andar nos meus patins e foi maravilhoso, apesar do imenso calor que fazia nesse dia. O Parque tem um equilíbrio muito interessante da biodiversidade com o sistema urbano, enquanto passeava junto ao lago por exemplo, os patos andavam ali lado a lado comigo, assim como a experiência de estar a patinar com toda aquela zona verde ao meu redor ser super tranquilizante.


Por falar em patinar, a cidade tem o Clube patinagem de Beja, onde podem juntar-se à equipa se tiverem interessados, tanto na modalidade de Patinagem Artística como no hóquei em Patins. Vejam o Facebook ou o Instagram do Clube para estarem atentos a estas modalidades, quanto mais não seja para apoiar estes nossos atletas!


Continuando o meu passeio, parei para ver a Ermida de Santo André, datada de finais do século XV, princípios do XVI, inserido na tradição construtiva gótico-mudéjar. A sua fundação não é muito certa, pois a tradição diz ter sido fundada por D. Sancho I, quando da primeira conquista de Beja aos muçulmanos, em 1162, mas esta lenda não encontra fundamentação histórica.


Continuando pelas igrejas, visitei em seguida a de Santo Amaro, uma das mais antigas da cidade e que incorpora um projeto museológico que integra uma importante coleção do período visigótico, sendo considerada por muitos autores como a coleção mais significativa do período visigótico em Portugal.


Mesmo perto da igreja de Santo Amaro, fica a Sé de Beja/ Igreja de Santiago Maior, uma imponente obra datada de 1590, de estilo Maneirista, e que ao longos dos tempos foi sofrendo bastantes alterações até ficar como a vemos nos dias de hoje. Foi na década de 1930 que se solicitou à Santa Sé a elevação da Igreja de Santiago Maior a Sé Catedral de Beja, consagrada ao Sagrado Coração de Jesus, sendo a única em Portugal que não segue a invocação de Nossa Senhora da Conceição.


Na mesma zona, também se encontra o Castelo de Beja, o monumento mais emblemático da cidade, nomeadamente a sua torre de menagem, sendo uma fortaleza gótica e que a sua construção teve início no século XIII, após a conquista cristã da cidade. Assim como a torre, existem ainda muralhas do castelo que cercavam a cidade medieval.


Dentro das muralhas do Castelo encontra-se a casa do Governador, um edifício que terá sido construído no século XV, mas que ao longos dos tempos sofreu bastantes alterações, sendo que a última intervenção foi no sentido de recuperação, preservação e valorização do Castelo. No piso inferior deste edifício encontra-se o posto de turismo da cidade enquanto que o piso superior está preparado para receber exposições temporárias.


No dia seguinte continuei a caminhar pela cidade passando pelo edifício da câmara municipal, parando pelo comércio e conhecendo os produtos típicos da zona, conhecendo a biblioteca, e ficando admirada com a grandiosidade da igreja da Misericórdia, erguida no século XVI, tratando-se de um edifício único no panorama da arquitetura nacional.


Continuo a dizer que me fica sempre tanto por ver nas nossas cidades, são tão ricas de história, que fica sempre vontade de voltar para vivenciar outras experiências. Gostei de Beja e um dia regresso com certeza.


De coração cheio, Cátia 💛

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